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As noivas da A.T. e a Igreja de Jesus Cristo

As noivas do Antigo Testamento e a Igreja de Jesus Cristo "...vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou" (Ap 19.7b) A Igreja de Jesus Cristo é o conjunto de pessoas salvas por Ele, a totalidade dos pecadores de todas as condições, que o aceitaram pela fé, como Salvador pessoal. Para formar esta Igreja Ele foi pregado na cruz, pagando o preço da redenção e abrindo o caminho para o Céu. Os salvos são chamados ovelhas e Ele é o bom Pastor. Seu amor para com a humanidade foi tão grande, que o fez passar pelo sacrifício do Calvário. Descrevendo o amor de Jesus Cristo para com a Igreja, o Espírito Santo usou a ilustração do amor conjugai. Os deveres conjugais são resumidos nas palavras: mulheres, obedecei; maridos, amai. São mencionados em Efésios 5.23,25, comparando com Cristo e a Igreja. “Porque o marido é a cabeçada mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja: sendo ele próprio o Salvador do corpo". "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra". Quando Jesus Cristo aparecer com o título de Fiel e Ver¬dadeiro (Ap 19.11), esmagará o poder do Anticristo e do Falso Profeta, lançando-os no lago de fogo e enxofre (Ap 19.20) e começará uma nova era. Então se realizará o que João viu: "...a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para seu marido" (Ap 21.2). Era o complemento da mensagem apresentada antes pela grande multidão, dizendo: "...vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou" (Ap 19.7b). A Igreja é a noiva de Jesus Cristo e a união dos salvos com Ele, na Glória, se chama bodas do Cordeiro. Algumas noivas e esposas do Velho Testamento servem de tipo à Igreja, porque têm semelhança com ela na história da formação. Eva (Gn 2.18-24) Foi feita para ser a esposa de Adão como a Igreja é a esposa do segundo Adão: Jesus Cristo. O elemento de que foi formada - saiu do lado ferido de Adão. A Igreja teve sua origem no sofrimento de Jesus que lite¬ralmente foi traspassado por uma lança. Foi tirada a costela donde ela (Eva) veio, durante um sono profundo de Adão. O sono ali é símbolo da morte de Jesus. Rebeca (Gn 24) O servo de Abraão deu testemunho da bênção de Deus sobre seu senhor (vv 1,34,35). A chamada de Rebeca é, assim, associada à bênção. Abraão foi abençoado muitíssimo por Deus e deu tudo que possuía na velhice a seu filho Isaque. Agora procurava esposa para o filho, cujas bênçãos e riquezas seriam igualmente da esposa. Rebeca era convidada para ocupar este lugar, ser dona daquela riqueza, porém não tinha visto Isaque nem seus bens. Precisava crer nas informações do servo. Ela creu e decidiu ir com ele, deixando sua terra, seus parentes e tudo que tinha ali." ...Ela respondeu: Irei" (v58). O Espírito Santo, como o servo de Abraão, está informando que o noivo celestial é herdeiro de toda a glória e quer dar esta gloriosa herança a quem acreditar em sua mensagem. O pecador que crer neste convite, que decidir abandonar tudo para se encon-trar com Jesus, formará com os irmãos na fé, a Igreja gloriosa, a noiva de Cristo. É só dizer como Rebeca: "Irei". Rebeca está relacionada com a palavra decisão. Raquel A história de Raquel é diferente das outras. Para recebê-la, o noivo, Jacó, teve de sofrer humilhação e trabalho penoso. Cristo, "...sendo rico, por amor de vós se fez pobre", humilhou-se como servo para nos dar sua graça. Aquele caso da vida de Jacó lembra o amor de Deus a Israel. "Eu vos desposarei" (Jr 3.14). "Tu serás meu marido" (Os 2.16,20). Tratando-se da Igreja, que somos nós, Deus'' ...nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo" (Efl.3). Jesus Cristo amou a sua Igreja e, para realizar seu propósito, teve de enfrentar o sofrimento, receber o castigo exigido pela justiça; e finalmente levar para si a noiva glorificada. Raquel inspira o reconhecimento deste grande amor. Asenate (Gn 41.45) Desconhecida antes, foi escolhida por iniciativa de Faraó para ser a esposa de José. Não pertencia ao povo hebreu. José foi levado à posição de governador do Egito, recebeu o título de Salvador do mundo e precisava de uma esposa. Ela foi designada por ordem do rei, dependeu somente da livre determinação do mais poderoso. A história de Asenate é o contrário da de Rebeca, que teve de decidir. Asenate simplesmente foi escolhida, Rebeca ilustra a parte que temos na salvação, a fé, a decisão. Asenate ilustra a parte de Deus, sua soberania,...pela graça sois salvos, por meio da fé..." (Ef 2.8); pela graça (a parte de Deus), Asenate foi objeto da graça do rei. Pela fé (a nossa parte), Rebeca creu, escolheu, decidiu. Casada com José, ela produziu dois filhos, cujos nomes expressam nossa vida de união a Cristo (Gn 41.50-52). Manasses- que faz esquecer- "...esquecendo-me das coisas que atrás ficam... Prossigo para o alvo...”(FI3.13b, 14a). Efraim - duplamente frutífero - "...somos mais do que ven¬cedores, por aquele que nos amou" (Rm 8.37b). A história de Asenate fala ao crente de humildade. Cristo fez tudo. Rute Precisava de um remidor. A herança de seu marido estava empenhada. Era necessário que alguém pagasse um preço para poder a herança voltar à família. Rute abraçou a religião de Deus. Quando Noemi aconselhou a voltar para os seus parentes, ela declarou: "...o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus" (Rt 1.16c). Daí por diante se dedicou a viver para fazer beneficência a Noemi. Neste pensamento foi que ela deixou sua terra e veio peregrinar em Israel, onde foi apanhar as sobras da ceifa de trigo que eram deixadas para os pobres. Lá encontrou o remidor Boaz, cujo nome quer dizer força. (Também Boaz era o nome da coluna esquerda do Templo de Salomão -1 Reis 7.21 b). Este remidor era de Belém e pertencia à tribo de Judá, de quem viria o rei prometido. Foi protegida e abençoada pelo remidor, que resgatou a herança da família e casou com ela. Nascendo-lhe o filho, tornou-se Rute ascendente de Jesus (Mt 1.5a). A Igreja foi redimida por um poderoso (como o nome de Boaz), que nasceu em Belém e é o Rei prometido. Pagou Ele o preço de resgate para ter a Igreja como esposa gloriosa. Quem faz parte da Igreja, creu na religião de Deus, como Rute, e deve fazer a beneficência.”E vós, irmãos, não vos canseis de fazer bem" (2 Ts 3.13). Rute lembra a gratidão do crente. Abigail (1 Sm 25.39-42) Nabal, o marido de Abigail, "...era duro e maligno nas obras..." (1 Sm 25.3b). Os companheiros de Davi protegeram os pastores de Nabal várias vezes. Agora Davi precisou pedir alguma coisa a Nabal e recebeu resposta dura da parte dele. Davi ficou indignado e resolveu tomar vingança diante de tal ingratidão. Mandou que os servos se armassem e marchou com eles para destruir Nabal. É aí que aparece Abigail, mulher "de bom entendi¬mento e formosa" (v.3b), que pacientemente suportava Nabal, esperando em Deus, e resolveu servir de pacificadora. Perseguido por Saul, Davi não foi vingativo, antes entregou tudo a Deus. No caso de Nabal, ficou irado, e ia cometer uma imprudência. Abigail lembrou que ele "...guerreia as guerras do Senhor...'' (v 28b); assim aquele ato de vingança era contrário à sua missão. Davi era herdeiro de um reino, o azeite da unção foi derramado em sua cabeça. Um pouco de alimento negado por Nabal tinha pouco valor. Davi reconheceu que a palavra de Abigail era mandada pelo Senhor (v 32) e atendeu o pedido, deixando Nabal por conta de Deus, que daí a poucos dias o matou. Depois da morte de Nabal, Davi fez-lhe uma proposta de casamento, ao que ela respondeu: "...Eis aqui a tua serva servirá de criada para lavar os pés dos criados de meu Senhor" (v 41b). A Igreja de Cristo é pacificadora. "Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" (Mt 5.9). Pacificador é quem leva a paz onde ela não se acha. Ainda quem pertence à Igreja tem de cultivar o amor frater¬nal. "...servi-vos uns aos outros pela caridade" (Gl 5.13b). Abigail é exemplo, levando a paz e servindo aos outros. Sulamita (Ct6.13) O livro de Cantares é uma alegoria sentimental. O coração da amada descansa no afeto do amado. Quando Jesus disse: "Qualquer que beber desta água tornará a ter sede" (Jo 4.13b), está se referindo ao pensamento do livro de Eclesiastes. Quando disse: "Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede" (Jo 4.14a), refere-se a Cantares. A moça amava a um pastor ausente (1.10-13). Confiava nele (1.16). Um dia aparece um cortejo na estrada. Era o rei que mandava buscá-la (3.7-11). Seu pastor era o rei Salomão. Os judeus dizem que é uma alegoria do amor de Jeová. O noivo é o Messias, o Rei, e a noiva é a nação israelita. Os Cristãos dizem que o noivo é Jesus Cristo e a noiva é a Igreja. Devocionalmente, o noivo é Jesus e a noiva, minha alma. Não há no Antigo ,. Testamento um símbolo tão completo da Igreja e da alma remida pelo sangue de Jesus, como a Sulamita. Sulamita é a forma feminina de Salomão. Quer dizer pacífica, como Salomão é pacífico. A maior necessidade do crente é pensar em Jesus Cristo, lembrando-se de seu amor, este poder que nos une à sua pessoa e não suporta separação. Geralmente esquecemos este aspecto de nossa união com Ele. O noivo diz: "Volta, volta, ó Sulamita, volta, volta, para que nós te vejamos" (Ct 6.13a). A noiva está um pouco afastada e de costas. Ele usa a palavra volta quatro vezes. Lembra as palavras de Lucas 10.27b: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento". Sulamita lembra a necessidade de avivamento.