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Símbolos do Apocalipse III

Símbolos do Apocalipse III

 

"Deus não se deixa escarnecer; porque o que o homem semear, isso mesmo ceifará'' (Gl 6.7).

 

A Queda da Babilônia (17.1; 19.10)

Com a sétima taça começou o castigo sobre Babilônia. Houve relâmpagos e trovões, e Deus "se lembrou de Babilônia'' para dar sua sentença (19.18,19).

No capítulo 17, a pessoa que ocupa mais espaço é uma mu­lher classificada como prostituta (vi), mãe de todas as prostituições (v5).

Está sentada sobre uma besta (vv 7 e 9) e também sentada sobre muitas águas (vv 1 e 15). A mulher vestida ricamente (v 4) tinha na mão um cálice cheio de abominações, na testa o nome: Mistério (v 5) e estava embriagada de sangue dos santos (v 6).

Esta mulher é identificada como “a grande cidade que reina sobre os reis da terra" (v 18), que tem aqui o nome de Babilônia (16.19; 17.5).

Babilônia, capital de Nabucodonosor, foi destruída; é um lugar deserto, onde dizem que aparecem espíritos maus, para perturbar quem ousar dormir nas suas ruínas. Cumpre-se Isaías 13.19-22. Cremos que nunca será reedificada.

Babilônia aqui vem com um sentido simbólico. Há uma relação entre ela e a mulher. A mulher prostituta é uma cidade, e a cidade é chamada Babilônia. João usa aqui Babilônia significando Roma. Como Babilônia foi a cidade e o poder político que perseguiu e combateu o povo de Deus no Antigo Testamento, Roma foi que perseguiu os cristãos na era da Igreja.

A mulher (vv 1 a 7 e 16 a 18) representa o cristianismo apóstata que em adultério com o mundo se desviou do Evangelho. A principal aplicação deve ser feita à Igreja Católica Romana que arroga a si a autoridade sobre as nações. Dá muita ênfase aos "mistérios" (v 5), possui imensas riquezas, e derramou tanto sangue dos fiéis a Jesus Cristo:

a) “Estava assentada sobre muitas águas " (v 1). "São povos, multidões, nações e línguas" (v 15). Não está entre as nações, mas sempre procura dominar as nações.

b) "Vestida de púrpura, escarlata, ouro e pedras preciosas (v 4).

No Vaticano está a maior riqueza do mundo ocidental.

c) "Sentada sobre sete montes" (v 9). Roma é realmente uma cidade do mundo edificada sobre sete montes: Palatino, Quirinal, Aventino, Celiano, Viminal, Esquilino e Janiculano.

d)  "Os reis da terra se embriagaram com o vinho de seu cálice" (vv 2 e 4). Sua doutrina tem dominado os governos de todas as nações. Ela “reina sobre os reis da terra'' (v 18).

e)  "Mãe das prostituições e abominações da terra" (v 5). Devia ser a noiva pura de Jesus Cristo, mas deixou a Bíblia e arranjou toda sorte de mistérios e dogmas condenados por ela.

A besta, sobre qual está assentada a mulher (vv 3,7,8 a 17), é a mesma de 13.1-10. A palavra besta aqui tanto significa o Anti-cristo, como o Império Romano. O Anticristo é seu representante.

Os dez chifres são dez que ainda não receberam o reino (v 12), mas receberão poder junto com a besta. Cooperam com o Anticristo e se levantarão contra a prostituta (v 16), porque Deus permite que aborreçam aquela mulher a ponto de destruí-la.

Babilônia neste capítulo é, em primeiro lugar, a Igreja Católica Romana que estará numa coligação com o governo do Anticristo. Naquele dia será destruída pelos próprios reis da terra, cooperadores do Anticristo, com a permissão de Deus.

A referência à besta e aos outros reis que com ela se relacionam ajuda a esclarecer outras coisas sobre o Anticristo. "Cinco deles caíram, um existe, e o outro não é vindo; e, quando vier, convém que dure por um pouco de tempo. E a besta que era e já não é, é também o oitavo e um dos sete, e vai para a perdição" (v 10 e 11).

O versículo 8 diz:”a besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo". Os sete montes de Roma são sete cabeças da besta (13.1; 17.9).

Estas palavras ditas a João vêm comprovar o fato de ser um romano o Anticristo, porque só na história dos Césares encontramos aquela descrição. Eram sete reis (v 10); cinco tinham caído antes de João ter estas visões, um estava governando, e a besta ainda não tinha chegado. A besta foi e já não é, e há de subir do abismo (v 8). Governou, morreu, e há de vir.

Nos dias de João, cinco dos Césares tinham caído, morrendo por morte violenta, assassinato ou suicídio. Foram: Júlio César, Calígula, Cláudio, Tibério e Nero". "Existe um". Estava gover­nando Domiciano. A besta seria o oitavo e um dos sete (v 11). Em toda a história, e em todo o cenário humano, a pessoa que parece mais enquadrada no lugar do Anticristo é Nero César. Foi um dos sete e um que caiu antes de João ouvir estas palavras. E a cabeça da besta que foi ferida de morte e "curada" (deve ressuscitar -13.3). É do povo (romano) que destruiu a cidade de Jerusalém e o Santuário (Dn 9.26). Cumpre as palavras do versículo lie seu nome no hebraico tem o valor de 666.

Apesar de todas estas indicações, a identificação do Anticristo não é importante para os crentes, que não estarão mais neste mundo quando ele aparecer. Outros irmãos, expositores da Bíblia, pensam que deve ser um judeu. Não discutimos sobre isso. Só não podemos aceitar que seja uma doutrina, uma apostasia ou uma corrente política. É um homem que procura ocupar o lugar de Jesus Cristo, e será destruído por Ele em sua vinda gloriosa.

Capítulo 18 - Babilônia neste capítulo tem outro sentido

Em 17.16,17, os reis da terra têm ódio de Babilônia, aborre­cem a prostituta e a queimam no fogo. Em 18.15-19, choram e lamentam com grande tristeza a sua destruição. Em 17.5, Babilônia é Roma, significando o poderio resultante do Cristianismo falsifi­cado, unido ao poder político do Anticristo. No capítulo 18, Ba­bilônia quer dizer Roma como cidade comercial, capital do Anti­cristo, que prosperará extraordinariamente, tornando-se grande centro de comércio, célebre pelas artes, diversões e pecados. No capítulo 17 vem o fim da Igreja Católica Romana, e no 18 o fim da grandeza de Roma, sede do governo do Anticristo. Os reis da terra se gloriam com o fim da Igreja católica, e choram o fim de Roma comercial.

Pode haver divergência nos comentadores sobre detalhes, porém a Bíblia é clara acerca da queda de Babilônia. Roma, sede da Igreja Católica, e capital do reino do Anticristo, tanto no lado místico da religião, adulterado pelos dogmas e mistérios, como no lado artístico e cultural, obras de beneficência, festividades e influência política, desagrada a Deus. E naquela ocasião será castigada e destruída para sempre.

O anjo jogou uma pedra no mar, simbolizando Babilônia, e disse seis vezes: "nunca mais" (vv 21-24). Ali foi derramado o sangue dos profetas, dos apóstolos e dos santos, e Deus julgou sua causa.

Capítulo 19 - Alegria no Céu pela vitória do Senhor

Com o julgamento e castigo da prostituta e da cidade, há um brado de alegria dos remidos. Este capítulo é o único onde está na Bíblia a palavra aleluia (4 vezes).

“Uma grande multidão'' (vv 1 -3) louvava a Deus e exultava. Não é a Igreja, só podem ser os mártires de 6.9 e 7.9,10.

"Os 24 anciãos" são a Igreja (v 5), e aconselham a louvar a Deus. A alegria é geral (v 7-19). São anunciadas as bodas do Cordeiro.

O noivo é Jesus Cristo, a noiva é a Igreja, somos nós, transformados e livres do pecado, dignos de estar perante Deus.

Num casamento háos convidados e amigos. Ali serão”Bem-aventurados os que são chamados às bodas" (v 9). São os santos de Adão até João Batista. Jesus disse: "entre os nascidos de mulher, não apareceu alguém maior do que Joio Batista, mas o menor no reino dos céus é maior do que ele" (Mt 11.11). Individualmente ninguém é maior do que João Batista, porém, naquele casamento, João é um convidado, amigo do noivo (Jo 3.29). A Igreja é a noiva, o membro mais humilde da Igreja estará em maior honra do que ele.

 

A Vitória do Cordeiro (19.11-21)

Esta visão é o que realmente se pode chamar a vinda do Senhor. Aqui ele aparece com os seus santos (1 Ts 4.14; Jd 14 e 15) para condenar os ímpios: "todo olho o verá" (Ap 1.7). Sentar-se-á “no vale de Josafá'' (Jl 3.12) para julgar as nações.

Vem montado num cavalo branco (vv 11-16). O Anticristo também veio num cavalo branco (6.1 -2), mas este é diferente. Jesus aparece vindo do céu aberto, o Anticristo veio da terra. Jesus tem uma espada saindo de sua boca (v 15), o Anticristo tem arco, não tem espada.                                                                           v

A descrição dos versículos 12 e 16 mostra outros atributos de Jesus Cristo, e seu nome é "Fiel e Verdadeiro" (v 11), "Rei dos reis e Senhor dos Senhores" (v 16).

O Anticristo estava com os seus exércitos,”a besta e os reis da terra reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército" (v 19).

Estão no lugar chamado Armagedom os aliados do Anticristo com os reis do oriente que passaram o Eufrates (16.12-14) e se congregaram, para juntos atacarem Jerusalém. Aparecendo o cavaleiro (19.1), o próprio Senhor Jesus, resolveram fazer guerra contra Ele. Não haverá batalha em Armagedom, é só a preparação dos exércitos da besta, a quem Jesus Cristo”destruirá pelo assopro de sua boca e aniquilará pelo esplendor de sua vinda'' (2 Ts 2.8).

O Anticristo e o Falso Profeta foram presos e lançados vivos no lago de fogo e enxofre (v 20). E os aliados que formavam aqueles exércitos foram mortos todos (v 21).

Acabou-se a grandeza do Anticristo, terminou a semana de anos e Jesus Cristo está aqui na terra para julgar os vivos.

O julgamento dos gentios, foi apresentado nas palavras do próprio Jesus Cristo em Mateus 25.31-46.

Quem procura entender o Apocalipse por seu próprio en­tendimento, sem recorrer ao Espírito Santo, que nos ensina tudo (Jo 14.26), ou sem pedir sabedoria a Deus (Tg 1.5), chega a conclusão de que é livro difícil. Ouvi há muitos anos um irmão desse tipo dizer: "Apocalipse é difícil, leia os Evangelhos". Parece que o tal irmão não lia nem um nem os outros.

De acordo com a razão humana, os capítulos 24 e 25 de Mateus são mais difíceis de entender do que todas as visões do Apocalipse. "Se alguém dentre vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente'' (Tg 1.5). É só ter humildade para reconhecer que não sabe, e fé em Deus, sabendo que Ele atende aos que o buscam.

 

O Julgamento das Nações (Mt 25.31-46)

Para compreender este assunto, precisamos recordar as três classes em que a humanidade está dividida na linguagem do Novo Testamento.”Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gentios, nem à igreja de Deus" (1 Co 10.32).

Referências aos judeus: João 4.22; Romanos 3.1,2; 9.4,5.

Referências aos gentios: Marcos 7.27,28; Efésios 2.11,12; 4.17,18.

Referências à Igreja: Efésios 1.22,23; 5.29-33; 1 Pedro 2.9.

O judeu é o que descende do sangue de Abraão que foi chamado por Deus (Gn 12).

O gentio é o elemento de qualquer nação que não vem de Abraão.

A igreja "um povo... especial, zeloso de boas obras" (Tito 2.14) que Deus remiu e chamou para lhe pertencer. É tirado de judeus e gentios. Começou no Pentecoste em Atos 2, e termina com o arrebatamento em 1 tessalonicenses 4.

 

O Judeu, o Gentio e a Igreja de Deus em Mateus 24 e 25

Estes dois capítulos apresentam uma profecia que parece ser a mais difícil do Novo testamento, mas podem ser entendidos com uma divisão correspondente às três classes da humanidade.

1.  Referência à nação judaica e Jerusalém. Parte sobre a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C, e parte sobre a Grande Tribulação, predita como aflição de Jacó (24.1-44).

2. Referência à Igreja. Contém três parábolas que se aplicam à Igreja, lembrando sua responsabilidade (24.25; 25.30).

3. referência aos gentios, ou às nações gentílicas (25.31-46). Quando Jesus destruir os exércitos do Anticristo e os lançar no

Inferno junto com o falso profeta, executará este julgamento predito em Mateus 25.31-46.

"Quando o Filho do homem vier na sua glória... todas as nações serão reunidas diante dele" (vv 31 e 32).

Os crentes todos estarão com Ele, os mortos incrédulos só serão julgados em Apocalipse 20.12-15, depois do Milênio. Os que comparecem diante dele são os gentios vivos.

São três classes naquele ajuntamento: os bodes, as ovelhas (v 32) e os irmãos (v 40).

Os irmãos são os restantes dos judeus fiéis que sofreram, durante a Grande tribulação, a perseguição do Anticristo.

As ovelhas são os gentios que, na aflição dos judeus, ajuda­ram com o que eles precisavam. Ganharão, como recompensa, a entrada para participar do reino de Jesus Cristo no Milênio.

Os bodes são os gentios que não socorreram os servos de Deus durante a Tribulação, e serão lançados no Inferno.

Capítulo 20 - O Milênio

Passados os sete anos entre o Arrebatamento da Igreja e o aparecimento glorioso do Senhor Jesus Cristo, estarão julgados e postos no Inferno o Anticristo e todos os que foram considerados como "bodes'' em Mateus 25.31 -46.

Começará então o que chamamos o Milênio. Será um período de mil anos, em que Jesus Cristo reinará aqui na Terra em paz, porque não haverá pecado. Será um ambiente como o da Terra antes de Adão pecar. Há quem diga que não se deve considerar exatamente mil anos, mas um tempo indeterminado, porque a expressão “mil anos" em relação àquele período só aparece neste capítulo, que é o mais simbólico de Apocalipse, e Apocalipse é o mais simbólico dos livros da Bíblia.

Preferimos dizer que são mil anos literalmente, porque aparece seis vezes "mil anos" neste trecho (vv 1 a 7). Duas vezes na Bíblia se diz que mil anos para Deus são como um dia (SI 90.4 e 2 Pe 3.8). Deus fez o mundo físico em seis dias, e no sétimo descansou. Com a entrada do pecado, tudo se estragou, e Deus resolveu fazer uma restauração, uma criação espiritual, a redenção da humanidade, e esta também está sendo feita em seis dias, que são seis milênios. Jesus veio no fim do quarto milênio, como o sol foi feito no quarto dia (Gn 1.16-19). Ele é chamado o Sol da Justiça (Ml 4.2). Quando terminar o sexto milênio da história do homem na terra, Deus terá completado a sua nova criação, a criação espiritual do resgate do pecador. Seguir-se-á o sétimo milênio, o dia do descanso espiritual. Mil anos são para Deus como um dia, o Milênio do reino de Jesus Cristo é como o dia de descanso, depois de criar o mundo.

Há ainda uma profecia de Oséias que se refere à restauração de Israel, com a idéia do milênio. "Vinde, e tomemos para o Senhor, porque ele despedaçou, e nos sarará; fez a ferida, e a ligará. Depois de dois dias, nos dará a vida; e ao terceiro dia nos ressuscitará..." (Os - 6.1 e 2). O povo de Israel rejeitou a Jesus no começo desta era, e Deus o castigou por dois milênios. Chegando o terceiro milênio, estará cumprida a profecia de Oséias, porque no terceiro dia serão ressuscitados como nação. O Milênio de Jesus Cristo será o antítipo do dia de descanso de Gênesis e do "terceiro dia" de Oséias. Portanto deve ser literal.

Durante o Milênio, desaparecerá a maldição do pecado (Gn 3.14-19). O deserto será campo fértil (Is 32.15). Aquele Varão será o refúgio contra a tempestade (Is 32.1 e 2). "Os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância da paz" (SI 37.11). Satanás estará preso, amarrado por mil anos (Ap 20.2 e 3); não poderá enganar nem estimular os homens para pecarem.

Serão súditos daquele reino os restantes dos judeus, repre­sentados pelos 144.000 assinalados, e todos os gentios que auxi­liaram os judeus na dura perseguição do Anticristo. Foram chama­dos "...benditos de meu Pai..." (Mt 25.34b).

Nós, que fazemos parte da Igreja, somos a esposa do Cor­deiro, estaremos reinando com Ele. Como José no Egito deu o melhor da terra para os irmãos (Gn 47.11), mas a esposa estava com ele no palácio (Gn 41.45). Os judeus são os irmãos, e nós, a esposa, teremos posição privilegiada.

Primeira ressurreição (vv 4 a 6). Não se trata de número ordinal, não é a primeira porque venha antes de outras. É a primeira porque é importante, preciosa para Deus. É a ressurreição dos que são aceitos por Deus. Ele mesmo chama "primeira" e diz que é "bem-aventurado quem toma parte nela". É composta tios remidos. No versículo 4 são mencionados "as almas dos que foram degola­dos pelo testemunho de Jesus" e os "que não adoraram a besta". São os dois grupos mencionados em 6.9 e 7.9,14; 15.2.

A ressurreição é comparada à colheita de trigo: havia as primícias, que eram o primeiro molho; a sega, que era a safra grande, e os rabiscos, ou gavelas, as espigas restantes, que deviam ser deixadas para os pobres (Lv 23.10 e 20 a 22). Na ressurreição, Jesus foi as primícias (1 Co 15.20), no arrebatamento da Igreja será a sega, a colheita maior (1 Ts 4.13-17); e, na vinda de Jesus, os rabiscos ou restantes, que são aqueles mártires de Apocalipse 20.4.

Tudo é primeira ressurreição, e a Bíblia aqui não fala de "segunda". Sobre os mortos incrédulos usa o verbo, "os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabem" (Ap 20.5).

Esta classe ressuscitará após o Milênio, e será condenada ao Inferno.

Satanás reúne Gogue e Magogue (vv 7 a 10). O Inimigo foi amarrado por mil anos (v 2), e aqui foi solto um pouco de tempo (v 7). Saiu a enganar as nações, e consegue formar um exército capaz de cercar a cidade amada, Jerusalém. Seu plano é destruir o Senhor e tomar outra vez o poder. Gogue e Magogue aqui não são a mesma coisa de Ezequiel 38 e 39.

Em Ezequiel a passagem se refere à Rússia; vem”das bandas do norte'' em relação a Roma; há exércitos organizados com suas armas, e são mencionados os países aliados. É antes do milênio. São os reis do oriente de Apocalipse 16.12 que atravessam o Eufrates.

Em Apocalipse 20 não há mais exércitos organizados. Satanás percorre “os quatro cantos da terra'' (o mundo todo).

Em Ezequiel 38.16 é Deus quem envia Gogue contra Israel; em Apocalipse 20 é Satanás quem ajunta o povo.

Gogue e Magogue são todos os gentios que atenderão ao apelo de Satanás e se oporão ao Messias. Depois de haver mil anos de paz, de felicidade completa, ainda os homens atendem a Satanás para destruir Jesus Cristo e sua obra.

Quem serão esses ingratos? Só há duas hipóteses. Ninguém sabe com certeza quem são. Pode ser que haja muita gente que tenha socorrido os judeus na perseguição só por instinto ou tem­peramento, sem conversão, nem reconhecimento a Deus. Tiveram como recompensa do benefício que fizeram o gozo do Milênio. Quando Satanás aparecer, se revelarão. Outra hipótese é que pode haver procriação no Milênio para os súditos do reino. Nós da Igreja não. Seremos como os anjos de Deus. Para nós não haverá casa­mento (Lc 20.35,36). Se houver procriação na terra, pode ser que se levante esse grupo rebelde dentre os nascidos durante o Milênio. Não se sabe ao certo se haverá procriação. Mas Satanás ajunta um exército que será destruído pelo fogo (v 9), e o Diabo, que os enganava, irá para o lugar preparado para ele (v 10).

O julgamento dos mortos incrédulos (vv 11-15). É a última parte do juízo. Perante o trono branco apareceram todos os que morreram na desobediência. São mortos grandes e pequenos. Uns tiveram vida escandalosa, outros bem moralizados, mas despre­zaram a Deus. Uns eram reis e potentados, outros miseráveis men­digos, porém, todos incrédulos. Foram todos para o lago de fogo.

As Coisas Novas  (Capítulos 21 e 22)

João viu "novos céus e nova terra" (v 1). Os que agora existem serão renovados pelo fogo (2 Pe 3.12,13). Desaparecerá tudo que a civilização humana construiu, e habitará a Justiça de Deus no mundo.

O assunto que ocupa mais espaço na visão das coisas novas é a Nova Jerusalém - (21.2 e 22.5).

Não é a Jerusalém terrestre, desce do céu, seu lugar é celestial. É figura da Igreja, tabernáculo de Deus, morada de Deus pelo Espírito Santo (Ef 2.22).

Está”adornada como uma esposa ataviada para seu esposo''. Deus estará com o seu povo (v 3). No Éden Deus passeava com suas criaturas. Quando livrou os israelitas do Egito, prometeu habitar no meio deles (Ex 25.8). Na visão da Nova Jerusalém se realiza este plano de Deus. Confirmam-se as palavras:”estaremos para sempre com o Senhor'' (1 Ts 4.17). A cidade é tipo do povo de Deus, pode ser vista pela freqüência do número 12. Eram 12 portas, com 12 anjos, com os nomes das 12 tribos de Israel (v 12) e 12 fundamentos com os nomes dos 12 apóstolos. Em forma de cubo (v 16), e tem quatro faces que ficam para os lados dos quatro pontos cardeais, como o acampamento de Israel (Nm 2).

O ouro e as pedras preciosas são símbolos do valor e da beleza, que nossa mente limitada não pode avaliar agora. Ali não haverá abominação (v 27) nem maldição (22.3), e não haverá mais noite (22.5).

 

O Rio e a Árvore da Vida (22.1-5)

O rio é a graça de Deus (Ez 47.1-12), porque "de Jerusalém correrão águas vivas" (Zc 14.8). Suas correntes "...Alegram a cidade de Deus..." (SI 46.4a). Não é para dar vida, porque tudo ali tem vida; é para animar e encher de satisfação, para fazer feliz os remidos na glória.

Quando Adão e Eva pecaram, ficaram privados de comer da árvore da vida (Gn 3.22,23). Pela redenção efetuada por Jesus, os crentes terão direito a comer do seu fruto. "Ao que vencer...darei a comer da árvore da vida..." (Ap 2.7). Os glorificados da Igreja comerão daquele fruto.

A árvore é Jesus Cristo, porque "...esta vida está em seu Filho" (Uo 5.11b).

Os versículos 11 a 21 são exortações.

Jesus promete vir dar o galardão a cada um, e manda orar pela sua vinda, "quem ouve diga: Vem". Que Deus nos ajude a viver vigiando.

 

Apocalipse em Relação ao Gênesis

A Bíblia forma uma revelação única. Os assuntos começados no primeiro livro aparecem no último, completando o pensamento. Gênesis - Aparecem os céus e a terra (1.1) Apocalipse - Novos céus e nova terra (21.1) Gênesis - O primeiro casamento (2.22) Apocalipse - O casamento do Cordeiro e a Igreja (19.7-9) Gênesis - Aparece Satanás (3.2-13) Apocalipse - Julgamento de Satanás (20.10) Gênesis - Aparecem os mares (1.10) Apocalipse - O mar não existe mais (21.1) Gênesis - Primeira referência à morte (2.17) Apocalipse - Não haverá mais morte (21.4) Gênesis - Deus fez dois luminares - o sol e a lua (1.16) Apocalipse - A cidade não precisa de sol nem de lua (21.23) Gênesis - O homem proibido de comer da árvore da vida (3.22-24)

Apocalipse - O homem com direito de comer da árvore da vida (2.7; 22.2).

 

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